sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Primeiras impressões

Recebi essa semana a avaliação da Dani Ramos sobre o primeiro capítulo.
Precisarei reformar várias partes e padronizar com as normas de monografia (ABNT), mas parece que o todo agradou.
Ando meio fora de órbita academicamente por motivos pessoais, mas voltarei em breve a postar com freqüência.
Até.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Etapa 1: Missão cumprida

(*ao som de Carruagens de Fogo, de Vangelis, versão instrumental)
Primeiro capítulo da monografia (O Fotojornalismo: Da Guerra da Criméia aos Atentados ao Metrô de Londres) entré-guê!!!
(*emoticon dando uma volta olímpica pelo blog).
Eu gostaria de dedicar esse primeiro êxito ao meu namorado querido, o Cauê, que me pentelhou quando eu quis dar migué e me fez estudar; aos meus pais, meu irmão e à minha própria pessoa que, juntos, assinamos internet a cabo em casa semana passada e nos tornamos uma família digitalmente inclusa para que eu pudesse trabalhar no TCC; aos amigos e apoiadores que freqüentam este blog e me incentivam, mesmo sem deixar comentários; aos amigos que se desdobraram para me ajudar a traduzir um texto em francês; ao professor Maringoni, que me deu dicas e um texto em francês; e, finalmente, à minha orientadora, Dani Ramos, por sempre sorrir diante das minhas molequices.
UHUUUUUUUUULLLLLLLL!
Segue uma palhinha:

1.2 – A trajetória do fotojornalismo em coberturas de guerra
Um marco importante dos primórdios do fotojornalismo foi a cobertura da Guerra da Criméia (1853-1856), entre a Rússia e uma coalizão entre a Aliança Anglo-Franco-Sarda (Reino Unido, França e Piemonte-Sardenha, na atual Itália) e o Império Turco-Otomano (atual Turquia), ameaçado pelo expansionismo russo. O conflito, que ocorreu na península da Criméia, no sul da Ucrânia (parte do território russo na época), foi o primeiro a ser coberto pela imprensa com fotografias, estas feitas pelo britânico James Robertson (1813-1888), o ítalo-britânico Felice Beato (1834?-1907?) e o britânico Roger Fenton, o primeiro a ser enviado oficialmente como repórter fotográfico (Susan Sontag, Diante da dor dos outros, Companhia das Letras, 2003) . Segundo Sontag, Fenton foi instruído a retratar a guerra de maneira positiva, evitando fotos de combatentes mortos.

Iniciada cinco anos depois, a Guerra Civil Americana (ou Guerra de Secessão, 1861-1865) ficou marcada como uma das mais fotografadas da história.
Um dos fotógrafos mais conhecidos do grupo de correspondentes que acompanhou o conflito é Mathew Brady. Suas fotos desagradaram a população estadunidense por botar por água abaixo imagem romântica da guerra.

Nos EUA, uma foto dos soldados americanos erguendo uma bandeira dos Estados Unidos no Monte Suribachi, durante a batalha de Iwo Jima (fevereiro e março de 1945), entre Japão e EUA também teve um impacto forte sobre a opinião pública, mas, nesse caso, positiva.
A imagem foi feita pelo fotógrafo da Associated Press Joe Rosenthal em 23 de fevereiro daquele ano. A mensagem de conquista, companheirismo e heroísmo que carrega foi recentemente inspiração para um filme do diretor Clint Eastwood, chamado A Conquista da Honra (Flags of our Fathers, 2006, Warner Brothers – baseado no livro de James Bradley, filho de John Bradley, um dos oficiais fotografados).
Apesar de aquela não ter sido a primeira bandeira estadunidense fincada em território japonês durante o conflito, a foto foi capa de diversos jornais, a foto de Rosenthal foi vastamente usada pelos meios de comunicação (revistas e jornais), serviram de pôster para uma campanha para angariar fundos para a guerra (Seventh War Loan drive) do governo norte-americano e lhe rendeu o prêmio Pulitzer (prêmio máximo do jornalismo) daquele ano. Até hoje, é uma das imagens mais reproduzidas na história mundial.

Na América do Sul, a Guerra do Paraguai (1864-1870, entre o país e a Tríplice Aliança, formada pelo Brasil, a Argentina e o Uruguai) é a que conta com o maior acervo fotográfico. O destaque do período, segundo André Amaral de Toral, foi o fotógrafo uruguaio Esteban Garcia, enviado pelo estúdio Bate & Cia, de Montevidéu (Uruguai) entre abril e setembro de 1866. O estúdio negociou com o governo para enviar uma equipe aos locais de batalha (apesar de a expedição não ter caráter oficial, eles receberam auxílio no transporte) e obtiveram a exclusividade da comercialização das fotos até seis meses depois do fim da guerra, o que evidencia o caráter mercadológico da cobertura. As fotos de Garcia mostram a crueza da vida de trincheira, indo desde os soldados (vivos ou mortos) até as paisagens dos campos de batalha.

“Mas a foto mais impressionante do conjunto, e de toda a guerra talvez, é a que se intitula ‘montón de cadáveres paraguayos’ e que retratou precisamente corpos ressecados de soldados mal cobertos por panos, provavelmente vítimas insepultas dos combates de 24 de maio de 1866. Esta foto e a que mostra as crianças paraguaias sobreviventes dos combates de Lomas Valentinas e Acosta-ñu, de autoria desconhecida, são, sem dúvida, os registros fotográficos mais dramáticos da violência da guerra”.

Enquanto os argentinos e uruguaios já tinham visto fotos (daguerreótipos) de “de episódios militares da conturbada vida política desses dois países entre as décadas de 1840 a 1860”, para o Brasil, as cobertura fotográfica trazia novidade. Até então, nunca se tinha visto imagens de tropas do País em combate, muito menos no exterior. Para o Paraguai, a novidade estava em ver não apenas seus soldados e aliados, mas também o inimigo. Essa extensa documentação visual do conflito marcou fundo a opinião pública em relação à guerra. Toral resume o papel da fotografia na guerra da seguinte forma:

'Muitos registros, de retratos a paisagens, feitos por evidente interesse comercial, tornaram-se, involuntariamente, documentos de crítica da guerra. (...) As imagens da guerra não permitiam ufanismo, mesmo as de sua fase inicial. Vendo o inimigo prisioneiro, ou em pilhas de cadáveres, só se conseguia sentir pena. Longe de emularem os espíritos guerreiros, as fotos faziam desejar a paz.
A guerra do Paraguai estabeleceu a importância da utilização jornalística da fotografia de guerra, mesmo por intermédio de cópias, em litografias, dos originais, no Brasil, na Argentina e, num grau menor, no Uruguai. A imprensa ilustrada, a gravura e a pintura devem muito à fotografia do período, utilizada por quase todos os autores do período como referência.'

Primeiro capítulo no forno

Fazia tempo que eu não entrava a madrugada estudando...
Se eu fosse resumir o primeiro capítulo do meu TCC (História do Fotojornalismo: Da Guerra da Criméia aos atentados ao metrô de Londres) em tags, seia algo como Daguerreótipos, talbótipos, Guerra da Criméia, do Paraguai, de Secessão, Batalha de Iwo Jima, Kodak, câmeras digitais, celulares com câmera, fotojornalismo colaborativo, Atentados ao metrô de Londres. Amanhã o texto fica pronto e eu publico uma palhinha. :)

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Apprendre le français dans la race

Fazer um TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) é realmente uma experiência desafiadora.
Eu, por exemplo, estou tendo que traduzir um texto do francês pro português - mesmo não entendendo um ui. Voluntários para me ajudar nessa tarefa?
De qualquer maneira, o trecho em questão parece ser muito bom: Les Premiers Reporters Photographes. 1848 - 1914, de André Barret (Editeur Duponchelle, Paris, 1977). Fala sobre os primeiros repórteres fotográficos.
(Se alguém, porventura, tiver uma versão em português, eu ficaria gratíssima!)

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Vc no G1: 1º trimestre


O canal colaborativo do site de notícias da Globo.com, completou seu primeiro trimestre (maio-julho) com um balanço do tipo de conteúdo enviado por seus leitores. O link diz que já foram publicadas mais de 2 mil fotos de leitores (entre as quais esse belo retrato do show de despedida do Los Hermanos no Rio de Janeiro) e traz uma lista de todas as suas galerias de fotos.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Clipes feitos com celular


As mobile cams caíram no gosto dos músicos brasileiros.
O ministro da Cultura, Gilberto Gil, disponi- bilizou em seu site (via YouTube) o vídeo feito pelo celular do amigo e diretor de cinema Andrucha Waddington da música Banda Larga Cordel.
Pelo menos outros dois clipes feitos por celulares devem entrar em cena em breve: O Retorno de Saturno, do Detonautas Roque Clube, e Nada Original, do Pato Fu.
O primeiro foi filmado com os modelos 93 e 95 da série N da Nokia e deve ser lançado pela banda no YouTube. Quanto ao Pato Fu, as informações são mais escassas. Li que será filmado em BH nesta semana (que começou no dia 6 de agosto/ 07).
As informações são do jornaldoestado.com.br (Paraná)
e do blog Idéia Forte.
(Agradecimentos ao Kafeja, que cortou a foto do Gil.)

Update: CuboID (Rodolfo), um dos diretores dos clipes do Detonautas e do Pato Fu, comentou neste post dizendo que foram usados os mesmos modelos de celular para os dois vídeos, com o objetivo de "experimentar a linguagem do vídeo celular, encarando suas limitações e explorando sua portabilidade e o formato mais intimista do que o video captado com os equipamentos de filmagem tradicionais".

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Onde entra a ética?


Ontem, na orientação, conversamos sobre o papel de editor do jornalista que mexe com conteúdo colaborativo. A responsabilidade moral é de quem?
A sede por pageviews de um lado, a ética do outro, a falta de critério no meio.
A questão não é exclusiva nossa: meu post do IML inspirou um bacanérrimo no blog do Gui Felitti.
Esse samba vai dar capítulo de TCC.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

A greve do metrô aos olhos dos passageiros


Os me- troviários de São Paulo, capital, estão em greve desde a quinta-feira (02/08/07).
A linha Lilás (Capão Redondo/Largo Treze, a que me leva para casa) é uma das que estão paralisadas. Apenas a Verde (Ana Rosa/Clínicas) e a Azul (Tucuruvi/Jabaquara) funcionam.
O trânsito ficou caótico, os terminais de ônibus lotados e os passageiros, irritados.
A estimativa da Folha é de que 2,4 milhões de pessoas tenham sido prejudicadas no primeiro dia (80% da média diária).
Segue um compilado de imagens feitas das câmeras de quem foi prejudicado.


FotoRepórter (Estadão)

- http://site.estadao.com.br/banco/img/livre/2007/08/20070802153302ftr20070802002g.jpg
SP - Motoqueiros na Radial Leste, pela manhã, com trânsito intenso devido a greve dos metroviários. Cerca de 3 milhões de usuários ficaram sem Metrô; o rodízio de veículos foi suspenso. 02/08/2007
Foto: MARIO ÂNGELO/FotoRepórter/AE

- http://site.estadao.com.br/banco/img/livre/2007/08/20070803154902ftr20070803003p.jpg
SP - Dois trens estacionados na Estação do Metrô Tatuapé, zona leste de São Paulo, nesta manhã, no segundo dia da greve dos metroviários. 03/08/2007
Foto: MARIO ÂNGELO/FotoRepórter/AE

- http://site.estadao.com.br/banco/img/livre/2007/08/20070802151702ftr20070802001p.jpg
SP - Terminal de ônibus da estação de metrô Tatuapé, hoje (2) pela manhã. Milhares de usuários foram prejudicados devido à greve dos metroviários em São Paulo. 02/08/2007
Foto: MARIO ÂNGELO/FotoRepórter/AE

vc repórter (Terra)

- http://img.terra.com.br/i/2007/08/03/568090-2775-it2.jpg
Daniel Paulo Dantas Araújo/vc repórter
Passageiros enfrentam fila para embarcar em linha que serve a região do metrô Artur Alvim

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

O Pólo Norte pelas lentes do celular


É com o celular que Bárbara Jéssica Paes, 14 nos, registrará sua visita aos cantos mais gélidos do Norte do planeta.

A viagem
A adolescente representa o Brasil em uma expedição ao Pólo Norte, promovida pela KBS, emissora de TV da Coréia do Sul, em parceria com outras de oito países (TV Cultura e TVs públicas da Itália, França, Austrália, Japão, Bangladesh e Quênia.) Cada país participante enviou um adolescente.
A viagem durará 11 dias e passa pelo Reino Unido, Noruega e o Pólo Norte. Os participantes visitarão bases científicas e assistirão a um seminário de Al Gore, o ex-cadidato à presidência dos EUA e autor do livro e do curta-metragem "Uma Verdade Inconveniente", atualmente ícone da causa ambientalista. Ela embarcou ontem (terça-feira, 28 de julho de 2007).

O celular
No dia anterior (27), ela estreou um blog onde já postou algumas fotos (que parecem terem sido feitas por ela).
Em seu primeiro post, ela diz: "Na bagagem vou levando um aparelho celular que me permite acessar internet a qualquer momento, enviar fotos, e-mails e vídeos. É com ele que vou documentar todos os detalhes da minha viagem."
Os logos da operadora TIM e da fabricante de celulares Nokia aparecem no template com a legenda "Apoio à produção".
Um detalhe curioso: uma nota da TV Cultura, publicada no blog, informa que no Pólo Norte não há sinal para celular, e a comunicação com ela ficará limitada durante sua estadia por lá. Isso me leva a concluir que, muito provavelmente, a menina usará o aparelho apenas para fotografar e precisará de um computador para colocar as imagens no blog.
Bacanérrima a iniciativa das emissoras e muito boa sacada das empresas de celular de apoiar o projeto.
A dica é da Pudim, conhecida profissionalmente como Thaís Pontes (http://canaljovem.blig.ig.com.br/), editora do canal Jovem do iG.

Update
A assessoria da Nokia informa que o modelo levado pela Bárbara é um N95, equipado com uma câmera de 5 megapixels (a maior resolução disponível) (lente profissional Carl Zeiss e zoom digital 20x) e GPS. O aparelho pesa 120g e tem dimensões de 99x53x21 mm.